A industrialização dentro do modelo capitalista teve um avanço acelerado e desenfreado de produção e consumo, gerando diversos problemas ambientais, seja pela poluição nas mais diversificadas formas, ou pela exploração sem controle dos recursos naturais. A partir desse fato então surge a Educação Ambiental, com o intuito de entender a relação do homem na natureza e despertar a conscientização sobre os malefícios da exploração desse meio, da poluição dos mais diversos modos, e a importância de se conservar as reservas naturais, propondo uma mudança de atitude da sociedade. Mundialmente, o termo “Educação Ambiental” surgiu no ano de 1977 na Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental, em Tbilisi, ex-União Soviética. Nesse encontro foram definidos objetivos, princípios e estratégias para a Educação Ambiental, já que as preocupações como meio ambiente se fizeram presentes por elas influenciarem diretamente a saúde pública. Sendo ainda as definições dessa Conferência muito atuais. Durante o congresso de Belgrado de 1975, surge a então importantíssima “Carta de Belgrado’’ que serve como uma referência regulamentadora com instruções sobre como deve ser tratado esse assunto pelos educadores. A importância dessa carta é enorme porque a Educação Ambiental além de ser um processo de preservação, tem como objetivo o desenvolvimento de soluções limpas e renováveis. No Brasil, a educação ambiental se tornou lei apenas em 1996, sendo declarada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei Nº 9394), de dezembro de 1996. Nesta lei foi definido que “A Educação Ambiental será considerada na concepção dos conteúdos curriculares de todos os níveis de ensino, sem constituir disciplina específica, implicando desenvolvimento de hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental e respeito à natureza, a partir do cotidiano da vida, da escola e da sociedade.” Outro objetivo desse modelo de educação é despertar nas pessoas a necessidade de urgência, e conscientizar o peso de suas ações em relação ao ambiente como por exemplo a poluição do ar e rios; desmatamento; a destinação do lixo, entre outros. Assim, a reforma no sistema educacional buscava uma nova ética de desenvolvimento e ordem econômica mundial, para que houvesse o desenvolvimento sustentável, considerando o passado e pensando no presente e futuro da sociedade. Portanto, deve-se ter o entendimento que esses problemas não são resolvidos imediatamente e sim através de um processo longo. Não se pode apenas pensar nas consequências das atuais atitudes, mas nas futuras também, por isso se faz fundamental o desenvolvimento dessa educação nas escolas, pois se trata de um assunto sempre atualíssimo e que tem uma múltipla interdisciplinaridade. Esse é o único caminho para que se possa tornar o futuro promissor, com cidadãos degradando cada vez menos o meio ambiente e criando soluções cada vez mais limpas e eficazes, a fim de se manter o desenvolvimento socioeconômico sustentável, sem que prejudique a relação homem e natureza. Abaixo encontra-se a “Carta de Belgrado”, que foi um importante documento elaborado ao final do encontro realizado em Belgrado, Iugoslávia, em 1975, que foi promovido pela UNESCO. Este documento, mesmo após muito anos, continua sendo um marco conceitual no tratamento das questões ambientais e da educação ambiental na sociedade: https://www.mma.gov.br/informma/item/8066-carta-de-belgrado
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